segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O ROMÂNTICO IDEAL DE LIBERDADE E IGUALDADE

A partir da leitura da obra de Delacroix, A liberdade guiando o povo 1830, podemos perceber que os ecos da revolução francesa que tanto inspiraram os poetas árcades se reafirmam e ganham forma no romantismo dando suporte ao ideal romântico patriótico. A emoção, os ideais, a luta, a revolução, o heroísmo patriótico expresso nas imagens como uma característica romântica. Os corpos amontoados aos pés de uma “mulher”, a idealização da liberdade, uma simbologia do sensual (com seios de fora) daquilo que desejamos e que está acima da própria morte, “aquilo que vale à pena morrer”, o vermelho da luta e do sangue de muitos. Apresenta-nos também outra característica romântica a busca do histórico de reafirmação da pátria, pois revela o movimento de transformação do cenário europeu que custou a vida de muitos cidadãos parisienses.
Essa força de sentimentos expressa no quadro de Delacroix ,também se apresenta na arte literária romântica no Brasil, na primeira geração romântica conhecida como geração nacionalista, principalmente no que diz respeito às questões de sentimento patriótico de resgate a uma cultura nacional da busca do passado histórico e do amor à terra natal(inspirados pela proclamação da república ). Com exemplo podemos citar a poesia de Gonçalves Dias – Canção do exílio “Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá; as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá...” ou até uma busca de símbolos verdadeiramente brasileiros como a figura idealizada do índio nos romances indianistas de José de Alencar.

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