quinta-feira, 4 de novembro de 2010

QUERIDOS ALUNOS DO CURSO MILITAR _TEMAS PARA REDAÇÃO!

LEIA ESTE TEXTO ABAIXO PARA FAZER POSSÍVEIS REFLEXÕES SOBRE O TEMA:
Crescimento Econômico versus Preservação Ambiental
O século 21 chegou e muitos desafios esperam a humanidade neste novo século. Precisa-se, por exemplo, resolver o que fazer com o problema da pobreza, com os grandes desafios na busca de controle de epidemias, prevenção a catástrofes naturais, entre tantos outros desafios. Os indivíduos que têm hoje quarenta anos ou mais de idade, aguardaram com ansiedade esses tempos por vislumbrarem, muito deles, tempos de maior riqueza e bem estar social, expectativa gerada a partir do claro, inequívoco e exponencial crescimento da produção mundial. Esta expectativa de alguma maneira tem sido confirmada. Segundo o Banco Mundial, a produção de bens e serviços tem dobrado em ciclos de cerca de dez anos – e esses ciclos têm sido cada vez menores, o que significa uma maior oferta desses bens e serviços às pessoas, inclusive sua universalização ao acesso, fruto do seu conseqüente barateamento.

Se por um lado se tem o que comemorar, por outro, tem-se com que se preocupar. Um dos maiores desafios que está diante de nós para este século, é o de manejar de maneira sustentável o dilema econômico-ambiental: encontrar o ponto de equilíbrio em se ter uma sociedade que produza e distribua, eqüitativamente, os bens e serviços necessários a uma vida moderna confortável e abundante, em concomitância ao uso racional e renovável dos recursos ambientais. O problema é que a base da produção econômica repousa na transformação dos Recursos Naturais em bens e, para isso, faz-se necessário o uso em economia de escala desses recursos. Para atender a demandas sempre crescentes dessa sociedade de consumo, o sistema produtivo tem lançado mão porções cada vez maiores desses recursos, fazendo ambientalistas e pesquisadores alertarem sobre a necessidade de seu uso.

Alguns dados a este respeito chegam a ser assustadores, e se fará menção a alguns desses: segundo o Worldwatch Institute (http://www.worldwatch.org/) as emissões mundiais de carbono da queima de combustíveis fósseis era cerca de 0,5 Bilhões de toneladas no ano de 1900, cem anos depois, chegou-se ao patamar de 6,2 bilhões de tonelada, e esse resultado somente não é maior por causa das conseqüências das crises mundiais do petróleo que marcaram as últimas três décadas, encarecendo esta commodity e forçando a busca de combustíveis alternativos que, geralmente, são menos poluentes. Sabe-se ainda, que os níveis atmosféricos de CO2 vêm aumentando a cada ano, desde que as medições anuais foram iniciadas em 1959, tornando esta uma das mais previsíveis tendências ambientais. Sabe-se que à medida que os níveis atmosféricos de CO2 aumentam, a temperatura da Terra também se eleva, exatamente o que está ocorrendo. Os 14 anos mais quentes, desde que se iniciaram os registros, ocorreram a partir de 1980. Nas últimas três décadas, a temperatura média global aumentou de 14º C, entre 1969 e 1971, para 14,5º C, entre 1998 e 2000.

A pesquisadora Lisa Mastny, especialista em desenvolvimento sustentável e ecologia social pela Yale University, apresenta em sua obra “Melting of Earth’s Ice Cover Reaches New High” que o gelo marinho ártico encolheu 6% desde 1978, perdendo 14% da espessura do gelo perene e afinou 40% em menos de 30 anos; nas montanhas do Cáucaso, na Rússia, o volume glacial caiu 50% no último século, e aqui na América do Sul, na geleira de Quelccaya nos Andes Peruano, a taxa de recuo da neve aumentou 30 metros por ano na década de 90, e que provavelmente desaparecerá até o ano de 2020.

O nosso país, claro, não está imune a tais problemas. Notícias de desmatamento e queima na Amazônia, a quase extinção da mata atlântica, e os demais resultados da ação antrópica nos demais biomas brasileiros, mostram com muita clareza o resultado da exploração econômica de maneira predatória aos recursos naturais.

Parece equivocada, também, a concepção de se pensar nos recursos ambientais como intocáveis e inacessíveis à sociedade. Nunca foi assim, e nunca poderá ser assim. O homem, como membro da cadeia alimentar, sempre dependeu dos recursos florestais e naturais: nossa sobrevivência neste planeta está condicionada a este acesso, e não se permite que se veja tais recursos como outrora: inextinguíveis e inexoravelmente renováveis.

A solução para tal dilema, ou pelo menos sua minimização, parece perpassar por pelo menos três políticas fundamentais: a educação ambiental, o fortalecimento institucional e o investimento em pesquisa e tecnologia. A primeira, não se trata apenas de uma disciplina escolar obrigatória para os jovens estudantes, mas um esforço mundial de conscientização da importância dos ativos ambientais para a humanidade. Precisa-se não somente ouvir da importância que têm os rios, as matas ciliares, as florestas, e o equilíbrio ecológico como um todo, mas internalizar tal importância: entender que somos parte do meio ambiente e quando o degradamos, fazemos um exercício lento e gradual de suicídio social.

Por outro lado, enquanto essa consciência universal não chega, e certamente nunca existirá em plenitude, é mister o fortalecimento das instituições de defesa e proteção do meio ambiente. Tais instituições deverão desempenhar um papel ainda maior seja recrudescendo a fiscalização e o combate aos crimes ambientais, ou viabilizando um ambiente propício para a atividade econômica limpa e preservacionista. A exemplo de outras experiências vividas, as instituições podem contribuir para a criação de um cenário favorável à preservação ambiental. Por outro lado, não se concebe que os órgãos fiscalizadores trabalhem sem as mínimas condições de recursos materiais e humanos na tarefa de proteção o meio ambiente.

Por fim, este esforço perpassa também, por pesquisas de novas tecnologias economicamente viáveis para a produção mais limpa e a conseqüente adoção dessas novas tecnologias. A teoria econômica nos ensina que existem duas maneiras efetivas de se expandir a fronteira de possibilidade de produção, a saber: incremento no uso dos fatores de produção e o avanço tecnológico. A primeira, tem uma conseqüência clara e imediata nos recursos ambientais. Incremento nos insumos significaria, em primeira análise, maior atividade exploratória e maior susceptibilidade de degradação ambiental. A outra alternativa, sugere não somente a descoberta de novas tecnologias, mas também e, principalmente, a sua viabilidade econômica para substituição da primeira. O que se vê com bastante incidência é ao descobrimento de novas alternativas de produção limpa que poupam os recursos ambientais, mas que não passam pelo crivo da economicidade da produção. E aí o resultado é o óbvio: opta-se pela produção convencional.

O fato é que se se continuar a fazer o uso inadequado e inconseqüente dos recursos ambientais, como já se sabe, a vida, ao menos como se conhece hoje, está ameaçada. Cabe a esta e as futuras gerações envidar esforços no sentido de encontrar soluções que contemplem a questão da compatibilidade da produção capitalista com a preservação ao meio ambiente. A implementação de políticas de educação ambiental, fortalecimento institucional e investimento em Pesquisa e Tecnologia, parecem fundamentais numa sociedade que não deseja abrir mão dos confortos da sociedade de consumo, mas que deseja preservar o habitat em que vive.

Obs.: O autor deste paper aceita e agradece críticas e sugestões pelo correio eletrônico honorato@sectma.pe.gov.br

A partir da leitura do texto dado, escreva uma redação dissertativa argumentativa de no máximo 30 linhas,linguagem formal em prosa e coloque o título de sua redação sobre o tema proposto:
DIMINUIR O CRESCIMENTO ECONÔMICO OU PRESERVAR O PLANETA ?
ATÉ BREVE COM OUTRO TEMA...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Um pouco de Florbela...

Eu
Até agora eu não me conhecia,
julgava que era Eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia.

Mas que eu não era Eu não o sabia
mesmo que o soubesse, o não dissera...
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim... e não me via!

Andava a procurar-me - pobre louca!-
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!

E esta ânsia de viver, que nada acalma,
E a chama da tua alma a esbrasear
As apagadas cinzas da minha alma!

Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"

domingo, 26 de setembro de 2010

Apenas uma reflexão...

A CULTURA INDÍGENA E A ESCOLA .
A escola é uma instituição relativamente recente para os povos indígenas. Teve início com os missionários jesuítas, na segunda metade do século XVI, As primeiras escolas para indígenas – e não de indígenas –, eram basicamente direcionadas na catequese, ou seja, tinham um objetivo específico “ensinar tudo o que é certo” na visão do colonizador e assim automaticamente mostrar-lhes que “tudo em seu modo de vida era errado” e ignoraram as formas educativas, costumes e tradições já estabelecidas anteriormente pelos indígenas que conheciam, no entanto, formas próprias de reprodução de saberes desenvolvido por meio da tradição oral e da passagem de conhecimento em um elo entre os mais velhos “anciões” e os mais novos. Sendo assim, o processo educativo indígena como instituição nasceu de uma forma de domínio e controle social derrubando tradições, costumes e valores. Assim como afirma Paulo Freire quando se refere à idéia de educação que impossibilita a autonomia:
“Executaram uma política destinada a desarticular a identidade das etnias, discriminando suas línguas e culturas, que foram desconsideradas no processo educativo”
Durante todo o processo colonizador, o discurso da educação indígena baseava-se no intuito de “ensinar” os “selvagens”, os povos indígenas foram submetidos a um choque cultural, produzido por um paralelo entre as práticas e concepções pedagógicas diferenciadas. De um lado, os princípios de uma sociedade indígena, cuja educação não dependia da escola, da escrita e de castigos físicos. De outro, as normas e regras de uma sociedade letrada, dependente da escola e da palmatória que entendia que desse modo corrigia os erros e assim educava. Esse fato ocorreu em diversas partes do país e trouxe conseqüências trágicas para as sociedades indígenas e consequentemente para seus valores culturais.
Os processos de aprendizagem que eram adotados pelos povos indígenas que aqui viviam foram desmerecidos e deixados de lado pelo colonizador, que ignorou as concepções pedagógicas indígenas, não querendo admitir a idéia de que os povos indígenas tivessem a capacidade de construir, ao longo de sua história, um discurso sobre suas próprias práticas educativas, logo compreendemos a concepção de que o espaço escolar e o saber dos “brancos” não fazem parte do seu mundo, pois esse mundo foi deixado de fora. O espaço escolar não se constitui da sociedade indígena, mas “para” os indígenas, é nesse mesmo espaço de “aprendizagem” que os indígenas tiveram de “desaprender” sua língua e seus costumes em detrimento a toda uma cultura formulada com valores completamente distante da realidade deles. A base da cultura indígena é na verdade uma sociedade sem escola, pois não havia situações sociais exclusivamente pedagógicas, a transmissão de saberes era feita no intercâmbio cotidiano, por contatos pessoais e diretos. A aprendizagem se dava em todo momento e em qualquer lugar. Na divisão do trabalho, não havia um especialista – o docente que estava separado do cotidiano do grupo. A aprendizagem se dava sem que isso fosse anunciado e era sempre possível aprender algo em qualquer tipo de relação social, isso fazia de qualquer indivíduo um agente da educação tribal, mantendo vivo o princípio de que “todos educam todos”. Por esse motivo, a própria realidade da escola como instituição é uma quebra dos seus costumes e tradições.

A PALAVRA...

Palavra Mágica
Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.

Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.

Procuro sempre, e minha procura
ficará sendo
minha palavra.

Carlos Drummond de Andrade, in 'Discurso da Primavera'

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

29ª Bienal de São Paulo :25 setembro - 12 dezembro 2010

A 29ª Bienal de São Paulo está ancorada na ideia de que é impossível separar a arte da política. Essa impossibilidade se expressa no fato de que a arte, por meios que lhes são próprios, é capaz de interromper as coordenadas sensoriais com que entendemos e habitamos o mundo, inserindo nele temas e atitudes que ali não cabiam e tornando-o, assim, diferente e mais largo.

A eleição desse princípio organizador do projeto curatorial se justifica por duas principais razões. Em primeiro lugar, por viver-se em um mundo de conflitos diversos, onde paradigmas de sociabilidade são o tempo inteiro questionados, e no qual a arte se afirma como meio privilegiado de apreensão e simultânea reinvenção da realidade. Em segundo lugar, por ter sido tão extenso esse movimento de aproximação entre arte e política nas duas últimas décadas, se faz necessário, novamente, destacar a singularidade da primeira em relação à segunda, por vezes confundidas ao ponto da indistinção.

É nesse sentido que o título dado à exposição, “Há sempre um copo de mar para um homem navegar" – verso do poeta Jorge de Lima tomado emprestado de sua obra maior, Invenção de Orfeu (1952) –, sintetiza o que se busca com a próxima edição da Bienal de São Paulo: afirmar que a dimensão utópica da arte está contida nela mesma, e não no que está fora ou além dela. É nesse “copo de mar” – ou nesse infinito próximo que os artistas teimam em produzir – que, de fato, está a potência de seguir adiante, a despeito de tudo o mais; a potência de seguir adiante, como diz o poeta, “mesmo sem naus e sem rumos / mesmo sem vagas e areias”.

Por ser um espaço de reverberação desse compromisso em muitas de suas formas, a mostra vai pôr seus visitantes em contato com maneiras de pensar e habitar o mundo para além dos consensos que o organizam e que o tornam ainda lugar pequeno, onde nem tudo ou todos cabem. Vai pôr seus visitantes em contato com a política da arte.

A 29ª Bienal de São Paulo pretende ser, assim, simultaneamente, uma celebração do fazer artístico e uma afirmação de sua responsabilidade perante a vida; momento de desconcerto dos sentidos e, ao mesmo tempo, de geração de conhecimento que não se encontra em nenhuma outra parte. Pretende, por tudo isso, envolver o público na experiência sensível que a trama das obras expostas promove, e também na capacidade destas de refletir criticamente o mundo em que estão inscritas. Enfim, oferecer exemplos de como a arte tece, entranhada nela mesma, uma política.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Uma pausa em homenagem a Saramago_ O mago das palavaras e das ideias...

Do livro o Ensaio sobre a Cegueira “Dentro de nós há uma coisa que não tem nome. Isso é o que somos”. Do que necessitamos é procurar e dar um nome a essa coisa: talvez lhe possamos chamar, simplesmente, “humanidade”.

terça-feira, 6 de julho de 2010

A palavra é o meu domínio sobre o mundo.
"Clarice lispector"

O que são as metas de qualidade do IDEB ?

O Ideb foi criado pelo Inep em 2007, que a partir de uma escala de zero a dez , apresenta dois conceitos importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, evasão escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb e a Prova Brasil.
A série histórica de resultados do Ideb se inicia em 2005, a partir de onde foram estabelecidas metas bienais de qualidade a serem atingidas não apenas pelo País, mas também por escolas, municípios e unidades da Federação. A lógica é a de que cada instância evolua de forma a contribuir, em conjunto, para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da OCDE. Em termos numéricos, isso significa progredir da média nacional 3,8, registrada em 2005 na primeira fase do ensino fundamental, para um Ideb igual a 6,0 em 2022, ano do bicentenário da Independência.
Ter metas é importante para todos, sempre que queremos atingir um objetivo traçamos metas em nossas vidas. E a educação? Como atingir objetivos claros sem traçar metas que todos possam se comprometer? Você consegue imaginar a educação em todo Brasil antes dos famosos e criticados índices indicadores de desenvolvimento? Imagine cada escola em cada cantinho do Brasil... Aplicava-se o que cada uma achava importante e necessário... Sem um respaldo ou qualquer indicação. Hoje temos objetivos em comum!Parâmetros curriculares, gestão democrática e metas a cumprir... Sei que este tema é polêmico e que muitos não concordam com meu ponto de vista... Mas este espaço é apenas uma pausa para trocar idéias... E respeito as suas...

O que é IDEB?

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado pelo Inep em 2007 e na Legislação Educacional representa uma lei reguladora, pois tem como objetivo medir a qualidade do ensino no Brasil , e avaliar medidas aplicadas desde 2001 na lei de diretrizes e base da educação brasileira como por exemplo o ensino por habilidades e competências, os parâmetros curriculares nacionais que unificaram o ensino evitando assim as disparidades educacionais que existiam entre estados, é claro que ainda há muito o que ser feito,mas já é um passo importante em direção a melhoria do ensino, uma iniciativa pioneira de reunir num só indicador dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações. Você consegue imaginar como o ministério da educação poderia avaliar o que está sendo dado em sala? Ou como fazer com que todas as escolas efetivamente se comprometessem não apenas com a nota do seu aluno nas avaliações conferidas pelo poder público , mas com sua média e principalmente obrigassem as escolas a de forma prevista em lei com a preocupação efetiva da evasão escolar ?Como?O IDEB agrega ao enfoque pedagógico dos resultados das avaliações em larga escala do Inep a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas e medir de forma palpável e sistemática , não apenas o enfoque imediatista do resultado do Ensino público no Brasil mas uma visão de um “processo que se constrói” que está em constante andamento. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb – para as unidades da federação e para o país, e a Prova Brasil – para os municípios. Sabemos que ainda há escolas que não entenderam que estes indicadores não são de maneira nenhuma meios de sistematização do processo “vigiar e punir” patrocinado pelo governo, e tão pouco um conjunto de numérico que indica “piores” e “melhores” da educação, mas uma ferramenta que garante e exige “de alguma maneira” a qualidade do ensino público como direito de todos.
Também, reconheço que há muito o que fazer, principalmente em relação a forma como este índice é trabalhado na escola, ou seja, “as brechas” que foram deixadas para que o famoso “jeitinho brasileiro” seja usado...transformação das médias dos alunos que são magicamente aumentadas ( o professor na ativa sabe o quanto é difícil sustentar uma nota baixa em que o aluno não é capaz), o uso indiscriminado de “professores eventuais em redes onde isso é possível , ou professores contratados sem capacidade, ou ainda professores “arquivo público nacional”, ou seja, professores que já viraram patrimônio da escola e que seu cargo não depende de nenhum índice e que insiste em dizer que “bom era no seu tempo” onde todos sabiam tudo e não havia indisciplina...e presos num passado distante se recusam a fazer algo a mais pela educação, avessos a qualquer mudança e contra a qualquer forma de avaliação de seu trabalho como profissional atrapalhando o andamento da escola como um todo. O IDEB, a lei de diretrizes e base da educação ou qualquer medida tomada em direção ao desenvolvimento do nosso país deveria ser abraçado por todos como uma causa “nossa”: professores, gestores, alunos, pais, familiares e comunidade.; ou melhor, todos nós brasileiros!

domingo, 11 de abril de 2010

ANÁLISE LITERÁRIA : Assis, Machado. Dom Casmurro

1 – ANÁLISE LITERÁRIA : Assis, Machado. Dom Casmurro
• O primeiro ponto que podemos observar é que há uma relação do triângulo amoroso : Bentinho- Capitu – Escobar , que reflete a quebra dos valores românticos ; assim como observamos em Madame Bovary(outra obra realista) e Primo Basílio de Eça de Queirós.
• Aponta a questão da insegurança masculina diante do mistério feminino e o poder da força atrativa da mulher- Análise textual e literária com comentários sobre a obra e a trama narrativa.
• A questão da ambigüidade de características dessa “Capitu”-mulher. APRESENTA A RELAÇÃO DE DESCRIÇÃO NARRATIVA (DESCRIÇÃO DA PERSONAGEM) COMO FIO CONDUTOR DA TRAMA.
• Nos dois textos há uma marcação de um “homem” e seu ponto de vista em relação à “mulher - Capitu”- Apresenta o PAPEL DO NARRADOR / FOCO -NARRATIVO

2- Devemos no primeiro momento descobrir o que é a “ressaca” do qual o autor fala e encontrar as pistas deixadas ao longo da narrativa:
• “...Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico”= mistério do mar que traga, nos puxa, no fascina e nos arrasta!!
Capitu tinha "olhos de ressaca", porque os olhos de Capitu eram como aquela onda cava e profunda que ameaça avançar e tudo tragar, inclusive o narrador da história, o próprio Bentinho.

Esses "olhos de ressaca", colocados no início da narrativa, caracterizam a personagem e depois desaparecem. Até que no fim, quando o drama já se desenvolveu e há um suposto adultério entre Capitu e Escobar, o melhor amigo de Bento, Escobar morre. Morre onde? No mar. Quando? Durante uma ressaca.

E Machado de Assis retoma o que tinha anunciado no começo do romance, dizendo que, na hora em que o caixão de Escobar se fechou, Bentinho viu Capitu chorando, e os olhos de Capitu eram como a ressaca do mar que tinha tragado Escobar, o nadador da manhã. A mesma ressaca que ameaçou tragar Bentinho no início do livro.


Trata-se de uma metáfora que, em última análise, amarra todo o livro, todo o drama das personagens
• “... uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me...”

3 – “olhos de cigana oblíqua e dissimulada...”=
Obliquo= obliquar - v. intr.
1. Dirigir-se obliquamente.
2. Fig. Proceder com malícia; não agir com rectidão!.
v. intr.
3. Pôr oblíquo; entortar.
DISSIMULAR= FINGIR
CIGANA =MISTERIOSA, CARREGA SEGREDOS...
4 – Olhos de cigana... = fala diretamente de características negativas a respeito de Capitu
“olhos de ressaca” = aponta diretamente do poder de sedução, atração que arrasta e que pode ser perigoso...
5 - Poder de sedução “sereia”através do site , de fotografia, desejo..provoca atenção, olhares..
6- É importante deixar claro a relação que se estabelece entre “O FATO EM SÍ” E A “VISÃO DO NARRADOR A RESPEITO DO FATO” – É APENAS O DEPOIMENTO DE UMA DAS PARTES, É A VISÃO DE BENTINHO...
7- Há uma correlação pois há uma intertextualidade, contudo o texto de J da Rocha acrescenta (também sua visão a respeita daquela que não tem voz) um toque de atualidade.
8- Caráter universal, pois apresenta sentimentos , emoções( que mesmo que se refira especificamente naquela história) refere-se a características universais ..
9 – OTELO = DESDÊMONA – OTELO – IAGO (TRIÂNGULO DE INTERESSES) = O CIÚME
10 – SIM, ESSA É A ESSENCIA DO FEMININO ...PARA O HOMEM...


FATOS HISTÓRICOS:
• REVOLUÇÃO INDUSTRIAL : industria = proletariado
• DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO CIENTÍFICO: EVOLUCIONISMO DE DARWIN, POSITIVISMO, DETERMINISMO,SOCIALISMO
• APRESENTAR AS DIFERENÇÃS DAS MANIFESTAÇÕES: REALISMO, NATURALISMO E PARNASIANISMO.
• O Brasil vivia um momento diferenciado= decadência da elite real, sociedade escravocrata burguesa de cafeicutures ainda preparando-se para industrialização

CARACTERÍSTICAS:
• A QUEBRA DO AMOR ROMANTICO
• A NEGAÇÃO AO ROMANTISMO
• APEGO AO OBJETIVISMO
• VALORIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO E DA RAZÃO
• CONTRADIÇÃO DOS VALORES ROMÂNTICOS
• ANTICLERICALISMO
• CRÍTICA A OS COSTUMES SOCIEDADE HIPÓCRITA.
• ANTIMONÁRQUICOS

A Linguagem e Comunicação humana.

Na abertura de sua obra política, Aristóteles afirma que somente o ser humano é um “animal político”, isto é, social e cívico, porque somente ele é dotado de LINGUAGEM. Os outros animais (como observa Aristóteles) possuem voz (phone) e, com ela, exprimem dor e prazer, mas o ser humano possui a PALAVRA (logos) e , com ela, exprime o bom e o mau, o justo e o injusto.Exprimir e possuir em comum esses valores é o que torna possível a vida social e política e , dela, somente os homens são capazes.
Podemos, então, concluir a partir da idéia de Aristóteles, que uma das diferenças marcantes entre o ser humano e os outros animais é a faculdade da linguagem.
A linguagem é uma faculdade muito antiga da espécie humana, acredita-se que um dos fatores principais da conquista do Homo sapiens a Oceania e a América tenha sido o desenvolvimento linguagem, pois ampliou a comunicação entre os membros do grupo. O que denota para os cientistas que a partir do desenvolvimento da linguagem o homem constitui uma vida social mais complexa e passa a dominar o fogo, as técnicas de fabricação de instrumentos; o aparecimento das primeiras pinturas no interior das cavernas, sinal da existência de uma linguagem simbólica e relações mais complexas sociais.
Deste modo, podemos definir a linguagem:
• Linguagem é a propriedade do ser humano de representar o pensamento por meio de sinais codificados com intuito de comunicar-se com o outro ser humano.
• Um sistema de signos capaz de representar, por meio de alguma substancia significante (som,cor,imagem,gesto,olhar e etc...) significados básicos que sejam possíveis interpretar.

Compreendemos então, que toda forma de troca através da linguagem consiste em comunicação.
E que a comunicação é inerente ao homem.
E que toda mensagem possui uma intenção e e a partir desta intenção que podemos retirar pistas para a interpretação e análise da mensagem; seja em um texto verbal ou não-verbal.