quinta-feira, 4 de novembro de 2010

QUERIDOS ALUNOS DO CURSO MILITAR _TEMAS PARA REDAÇÃO!

LEIA ESTE TEXTO ABAIXO PARA FAZER POSSÍVEIS REFLEXÕES SOBRE O TEMA:
Crescimento Econômico versus Preservação Ambiental
O século 21 chegou e muitos desafios esperam a humanidade neste novo século. Precisa-se, por exemplo, resolver o que fazer com o problema da pobreza, com os grandes desafios na busca de controle de epidemias, prevenção a catástrofes naturais, entre tantos outros desafios. Os indivíduos que têm hoje quarenta anos ou mais de idade, aguardaram com ansiedade esses tempos por vislumbrarem, muito deles, tempos de maior riqueza e bem estar social, expectativa gerada a partir do claro, inequívoco e exponencial crescimento da produção mundial. Esta expectativa de alguma maneira tem sido confirmada. Segundo o Banco Mundial, a produção de bens e serviços tem dobrado em ciclos de cerca de dez anos – e esses ciclos têm sido cada vez menores, o que significa uma maior oferta desses bens e serviços às pessoas, inclusive sua universalização ao acesso, fruto do seu conseqüente barateamento.

Se por um lado se tem o que comemorar, por outro, tem-se com que se preocupar. Um dos maiores desafios que está diante de nós para este século, é o de manejar de maneira sustentável o dilema econômico-ambiental: encontrar o ponto de equilíbrio em se ter uma sociedade que produza e distribua, eqüitativamente, os bens e serviços necessários a uma vida moderna confortável e abundante, em concomitância ao uso racional e renovável dos recursos ambientais. O problema é que a base da produção econômica repousa na transformação dos Recursos Naturais em bens e, para isso, faz-se necessário o uso em economia de escala desses recursos. Para atender a demandas sempre crescentes dessa sociedade de consumo, o sistema produtivo tem lançado mão porções cada vez maiores desses recursos, fazendo ambientalistas e pesquisadores alertarem sobre a necessidade de seu uso.

Alguns dados a este respeito chegam a ser assustadores, e se fará menção a alguns desses: segundo o Worldwatch Institute (http://www.worldwatch.org/) as emissões mundiais de carbono da queima de combustíveis fósseis era cerca de 0,5 Bilhões de toneladas no ano de 1900, cem anos depois, chegou-se ao patamar de 6,2 bilhões de tonelada, e esse resultado somente não é maior por causa das conseqüências das crises mundiais do petróleo que marcaram as últimas três décadas, encarecendo esta commodity e forçando a busca de combustíveis alternativos que, geralmente, são menos poluentes. Sabe-se ainda, que os níveis atmosféricos de CO2 vêm aumentando a cada ano, desde que as medições anuais foram iniciadas em 1959, tornando esta uma das mais previsíveis tendências ambientais. Sabe-se que à medida que os níveis atmosféricos de CO2 aumentam, a temperatura da Terra também se eleva, exatamente o que está ocorrendo. Os 14 anos mais quentes, desde que se iniciaram os registros, ocorreram a partir de 1980. Nas últimas três décadas, a temperatura média global aumentou de 14º C, entre 1969 e 1971, para 14,5º C, entre 1998 e 2000.

A pesquisadora Lisa Mastny, especialista em desenvolvimento sustentável e ecologia social pela Yale University, apresenta em sua obra “Melting of Earth’s Ice Cover Reaches New High” que o gelo marinho ártico encolheu 6% desde 1978, perdendo 14% da espessura do gelo perene e afinou 40% em menos de 30 anos; nas montanhas do Cáucaso, na Rússia, o volume glacial caiu 50% no último século, e aqui na América do Sul, na geleira de Quelccaya nos Andes Peruano, a taxa de recuo da neve aumentou 30 metros por ano na década de 90, e que provavelmente desaparecerá até o ano de 2020.

O nosso país, claro, não está imune a tais problemas. Notícias de desmatamento e queima na Amazônia, a quase extinção da mata atlântica, e os demais resultados da ação antrópica nos demais biomas brasileiros, mostram com muita clareza o resultado da exploração econômica de maneira predatória aos recursos naturais.

Parece equivocada, também, a concepção de se pensar nos recursos ambientais como intocáveis e inacessíveis à sociedade. Nunca foi assim, e nunca poderá ser assim. O homem, como membro da cadeia alimentar, sempre dependeu dos recursos florestais e naturais: nossa sobrevivência neste planeta está condicionada a este acesso, e não se permite que se veja tais recursos como outrora: inextinguíveis e inexoravelmente renováveis.

A solução para tal dilema, ou pelo menos sua minimização, parece perpassar por pelo menos três políticas fundamentais: a educação ambiental, o fortalecimento institucional e o investimento em pesquisa e tecnologia. A primeira, não se trata apenas de uma disciplina escolar obrigatória para os jovens estudantes, mas um esforço mundial de conscientização da importância dos ativos ambientais para a humanidade. Precisa-se não somente ouvir da importância que têm os rios, as matas ciliares, as florestas, e o equilíbrio ecológico como um todo, mas internalizar tal importância: entender que somos parte do meio ambiente e quando o degradamos, fazemos um exercício lento e gradual de suicídio social.

Por outro lado, enquanto essa consciência universal não chega, e certamente nunca existirá em plenitude, é mister o fortalecimento das instituições de defesa e proteção do meio ambiente. Tais instituições deverão desempenhar um papel ainda maior seja recrudescendo a fiscalização e o combate aos crimes ambientais, ou viabilizando um ambiente propício para a atividade econômica limpa e preservacionista. A exemplo de outras experiências vividas, as instituições podem contribuir para a criação de um cenário favorável à preservação ambiental. Por outro lado, não se concebe que os órgãos fiscalizadores trabalhem sem as mínimas condições de recursos materiais e humanos na tarefa de proteção o meio ambiente.

Por fim, este esforço perpassa também, por pesquisas de novas tecnologias economicamente viáveis para a produção mais limpa e a conseqüente adoção dessas novas tecnologias. A teoria econômica nos ensina que existem duas maneiras efetivas de se expandir a fronteira de possibilidade de produção, a saber: incremento no uso dos fatores de produção e o avanço tecnológico. A primeira, tem uma conseqüência clara e imediata nos recursos ambientais. Incremento nos insumos significaria, em primeira análise, maior atividade exploratória e maior susceptibilidade de degradação ambiental. A outra alternativa, sugere não somente a descoberta de novas tecnologias, mas também e, principalmente, a sua viabilidade econômica para substituição da primeira. O que se vê com bastante incidência é ao descobrimento de novas alternativas de produção limpa que poupam os recursos ambientais, mas que não passam pelo crivo da economicidade da produção. E aí o resultado é o óbvio: opta-se pela produção convencional.

O fato é que se se continuar a fazer o uso inadequado e inconseqüente dos recursos ambientais, como já se sabe, a vida, ao menos como se conhece hoje, está ameaçada. Cabe a esta e as futuras gerações envidar esforços no sentido de encontrar soluções que contemplem a questão da compatibilidade da produção capitalista com a preservação ao meio ambiente. A implementação de políticas de educação ambiental, fortalecimento institucional e investimento em Pesquisa e Tecnologia, parecem fundamentais numa sociedade que não deseja abrir mão dos confortos da sociedade de consumo, mas que deseja preservar o habitat em que vive.

Obs.: O autor deste paper aceita e agradece críticas e sugestões pelo correio eletrônico honorato@sectma.pe.gov.br

A partir da leitura do texto dado, escreva uma redação dissertativa argumentativa de no máximo 30 linhas,linguagem formal em prosa e coloque o título de sua redação sobre o tema proposto:
DIMINUIR O CRESCIMENTO ECONÔMICO OU PRESERVAR O PLANETA ?
ATÉ BREVE COM OUTRO TEMA...